Futuro Esquecido – A Recepção da Ficção “Cyberpunk” na América Latina

capa_futuro_esquecidoO coletivo Rizoma Editorial tem o prazer de anunciar a publicação do primeiro título de sua nova linha editorial de ficção científica de cunho político: Futuro Esquecido: A Recepção da Ficção Cyberpunk na América Latina, de Rodolfo Rorato Londero, doutor em estudos literários pela Universidade Federal e Santa Maria e professor adjunto do Departamento de Comunicação da Universidade Estadual de Londrina.

O objetivo deste trabalho, que é resultado da tese de doutorado do autor, é discutir a recepção da ficção cyberpunk latino-americana, ou melhor, a recepção latino-americana da ficção cyberpunk. Surgida nos anos 1980, no contexto sócio-econômico norte-americano, com autores famosos como William Gibson (Neuromancer, Monalisa Overdrive) e Bruce Sterling (Schismatrix, Islands in the Net), a ficção cyberpunk representa vários tópicos ligados ao local e momento de produção: os Estados falidos e o neoliberalismo; a emergência do ciberespaço e a livre circulação do capital para além das fronteiras nacionais; o cenário distópico, a descrença no futuro e o fim dos grandes relatos históricos como propõe a pós-modernidade lyotardiana; etc. Estas características levam alguns autores a identificar a ficção cyberpunk como a representação suprema do capitalismo tardio. Entretanto, como pensar a ficção cyberpunk na América Latina, ou seja, num lugar que se encontra ao mesmo tempo dentro e fora do sistema mundial? A hipótese que este trabalho apresenta aponta para o viés utópico da ficção cyberpunk latino-americana, inexistente na versão norte-americana.

O conceito de cyberpunk associa-se a uma realidade em que entidades biológicas e computadores, indivíduos e informações, se misturam e se confundem — onde os triunfos tecnológicos do capitalismo corporativo globalizado convertem-se nos próprios instrumentos de resistência à dominação estatal e a exploração capitalista…

Seja bem-vindo ao Século XXI!

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